segunda-feira, 7 de julho de 2014

Texto ”O Modelo dos Modelos” de Ítalo Calvino e sua relação com o AEE.

                  Houve na vida do senhor Palomar uma época em que sua regra era esta: primeiro, construir um modelo na mente, o mais perfeito, lógico, geométrico possível; segundo, verificar se tal modelo se adapta aos casos práticos observáveis na experiência; terceiro,  proceder às correções necessárias para que modelo e realidade coincidam. [..] Mas se por um instante ele deixava de fixar a harmoniosa figura geométrica desenhada no céu dos modelos ideais, saltava a seus olhos uma paisagem humana em que a monstruosidade e os desastres não eram de todo desaparecidos e as linhas do desenho surgiam deformadas e retorcidas. [...] A regra do senhor Palomar foi aos poucos se modificando: agora já desejava uma grande variedade de modelos, se possível, transformáveis uns nos outros segundo um procedimento combinatório, para encontrar aquele que se adaptasse melhor a uma realidade que por sua vez fosse feita de tantas realidades distintas, no tempo e no espaço. [...] Analisando assim as coisas, o modelo dos modelos almejado por Palomar deverá servir para obter modelos transparentes, diáfanos, sutis como teias de aranha; talvez até mesmo para dissolver os modelos, ou até mesmo para dissolver-se a si próprio.

 Neste ponto só restava a Palomar apagar da mente os modelos e os modelos de modelos. Completado também esse passo, eis que ele se depara face a face com a realidade mal padronizável e não homogeneizável, formulando os seus “sins”, os seus “nãos”, os seus “mas”. Para fazer isto, melhor é que a mente permaneça desembaraçada, mobiliada apenas com a memória de fragmentos de experiências e de princípios subentendidos e não demonstráveis. Não é uma linha de conduta da qual possa extrair satisfações especiais, mas é a única que lhe parece praticável.
·       No texto acima, o modelo idealizado pelo autor, com regras seqüenciadas para a realização de atividades no cotidiano, expressa suas idéias referente à construção de modelos profissionais. Percebeu algum tempo depois, que precisava fazer adaptações, já que não se adequavam à realidades tão diversificadas, com pensamentos diferentes, particularidades  e necessidades de convivência. Atualmente a política de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva, traz um novo entendimento com novos paradigmas .  
As pessoas são únicas, sem modelos, precisam de um olhar e um pensar específico para cada indivíduo que freqüenta a escola em busca de aprendizagem, desenvolvimento de suas aptidões e sonhos que todos os cidadãos tem direito com ou sem deficiências. Com estilos cognitivos diferenciados, não devem ser comparados, com  a turma, mas, com eles mesmos, o seu ponto de partida e o quanto ele avançou.
A Educação é o meio mais eficaz de abrir um leque de oportunidades e permite conhecer o desconhecido. Uma escola que abraça as diferenças como algo natural, está dentro dos parâmetros da escola inclusiva. O deficiente visual enxerga com a sensibilidade  do toque e através de sua percepção do mundo que o rodeia, com o toque lê e escreve (BRAILLE). O surdo necessita dos sinais (LIBRAS). Essas duas modalidades são peculariedades do AEE.
A avaliação será feita de modo contínuo com registro das descobertas e necessidades, através de leituras, estudos e parcerias, principalmente da família.
O AEE (Atendimento Educacional ,Especializado), assegura ao seu público ,alvo, a participação, independência e  autonomia, na construção do conhecimento. SEESP/MEC.2008.
Maria do CarmoV. Alves.








quinta-feira, 5 de junho de 2014

ATIVIDADE DE BAIXA TECNOLOGIA PARA TRABALHAR COM ALUNOS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA ( TEA)

RECURSOS E ESTRATÉGIAS EM BAIXA TECNOLOGIA PARA ALUNOS COM TGD

Atividades destinadas a alunos com transtorno do espectro Autista (TEA). De acordo com os textos disponibilizados para leitura, segundo Bez (2014, p. 2 ): “as tecnologias são signos que auxiliam na estruturação e na organização da ação humana, uma vez que são produtos e produtores de cultura, em uma dialética entre pessoas".

Alguns estudos mostram a presença de um continuum de serviços 
intermediários entre um contexto e outro que permite essas transições ocorrem de 
modo gradual, como por exemplo, no estudo de Serra (2008). Embora os preceitos do 
paradigma inclusivo sejam acatados pelas famílias e agentes da escola, o sentimento 
de desconfiança em relação à sua efetivação é revelado no discurso de alguns pais e 
professores desses alunos. Em geral, os docentes revelam desconhecer a síndrome 
e as estratégias pedagógicas para usar em sala de aula. Como resultado, algumas 
pesquisas indicam que as práticas educacionais adotadas têm produzido poucos 
efeitos na aprendizagem do aluno autista. 
Atividades com alfabto móvel.
Atividades com  alfabeto móvel

Dominó Geometrico

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Texto Informativo - Deficiência Múltipla e Surdocegueira



Deficiência múltipla é caracterizada por duas ou mais deficiências associadas, de ordem física, sensorial, mental, emocional ou comportamental (MEC/2006).

Surdocegueira é a condição que apresenta outras dificuldades alem daquelas causadas pela cegueira e pela surdez, deficiência única (Lagati – 1993, p.306).

Para diagnosticar alguém em surdocegueira, precisa que o mesmo não tenha visão suficiente para compensar a perda auditiva ou vice – versa, que não possua audição suficiente para compensar a falta de visão ( Mclnnes & Treffy – 1991)

A falta de audição faz com que a criança surdocega não possa responder usando a fala ou  o movimento do corpo.

Aspectos que influenciam e melhoram as pessoas com DMU e surdocegueira, é criar oportunidade e estabelecer rotinas claras e uma comunicação adequada, incluindo jogos que envolvam o desenvolvimento das expressões naturais como rolar, rir e sinalizar através de gestos.
Observação nos modos da comunicação expressiva:
-saída motora/oral
-saída motora/gestual
 -saída aumentativa/alternativa
-símbolos táteis

Modos de comunicação receptiva:
-entrada virtual
-entrada auditiva
-entrada tátil

O papel do professor interprete junto à criança surdocega é dar autonomia, suprindo sua carência de funcionamento sensorial com estímulos organizados e significativos, promovendo a construção de sua consciência e imagem corporal, seu desenvolvimento motor/afetivo (Erikson – 2002).
Sistema Braille - Sistema de escrita e leitura tátil criado por Louis Braille, em 1824. Ainda aluno da "Instituition des Jeunes Aveugles", em Paris, o jovem cego Louis inspirado na "grafia sonora", idealizada pelo Capitão de Artilharia Carlos Barbier de la Serre, inventou o Sistema, ainda hoje utilizado, com pequenas modificações, em todo o mundo. Consiste no arranjo de seis pontos em relevo, dispostos em duas colunas de três pontos. As diferentes posições desses seis pontos permitem a representação de todas as letras do alfabeto, dos sinais de pontuação, dos símbolos da matemática, da música e outros.




Fonte bibliográfica:
1-Educação infantil
2-Pessoa com deficiência múltipla
4- Educação Inclusiva
   I.Maia, Shirley, Rodrigues II. Brasil. Secretaria de Educação Especial

quinta-feira, 6 de março de 2014

Educação Escolar de Pessoas com Surdez - Atendimento Educacional Especializado em Construção
Nome: Maria do Carmo Vasconcelos Alves
Turma: T20b
Data: 05/03/2014

As pessoas com surdez têm potencialidades a serem desenvolvidas e precisam serem estimuladas  para não ficarem segregadas aos demais colegas da sala de aula, pois segundo  Damázio

 [...]Pensar e construir uma prática pedagógica que se volte para o desenvolvimento das potencialidades das pessoas com surdez, na escola, é fazer com que essa instituição esteja imersa nesse emaranhado de redes sociais, culturais e de saberes. (p.49)

Já vem se discutindo a aproximadamente dois séculos, ações que melhor desenvolvam a educação das pessoas com surdez, a fim de evitar os fracassos escolares, pois como diz a autora, na pag. 48.

[...] O problema da educação das pessoas com surdez não pode continuar sendo centrado nessa ou naquela língua, como ficou até agora, mas deve levar-nos a compreender que o foco do fracasso escolar não está só nessa questão, mas também na qualidade e na eficiência das práticas pedagógicas. (2010)


É importante que o AEE PS, numa perspectiva inclusiva, proporcione reconhecimentos das habilidades desses alunos, potencializando seu pleno desenvolvimento e aprendizagem. (Damázio, 2010). O trabalho do AEE PS, envolve três momentos didáticos – pedagógicos:
1º AEE em LIBRAS, onde é necessário estabelecer parcerias que favoreçam a compreensão dos conteúdos curriculares.
     2º AEE de LIBRAS, deve ser ensinado desde cedo, para que o aluno comece a estabelecer a comunicação com mais facilidade, e o professor de libras, trabalhe as especificidades dessa língua, com os conteúdos curriculares.
3° - AEE para o ensino da língua portuguesa onde a educação bilíngue é muito importante pois, o professor ensina as duas línguas para que aprendam a usarem em diversas situações do cotidiano e nas praticas discursivas, já que os alunos com surdez convivem com ouvintes.

É preciso esclarecer que a missão do professor do AEE PS, é buscar alternativas para que aconteça uma aprendizagem significativa, com as praticas pedagógicas inclusivas.

[...]pensar e construir uma prática pedagógica que se volte para o desenvolvimento das potencialidades das pessoas com surdez, na escola, é fazer com que essa instituição esteja imersa nesse emaranhado de redes sociais, culturais e de saberes. (p.49)


 
REFERÊNCIA:
DAMÁZIO, Mirlene Ferreira Macedo; FERREIRA, Josimário de Paula. Educação Escolar de Pessoas com Surdez - Atendimento Educacional Especializado em Construção. Revista Inclusão: Brasília: MEC, V.5, 2010. p. 46-57.